Quem estuda uma língua, estuda uma cultura


Quem se propõe a estudar uma língua, irá aprender algo que não se encontra dado na natureza. A língua é um aparato cultural que foi desenvolvido para além do mundo natural ou físico. E quando dizemos que a língua é um mecanismo cultural, queremos implicar que a sua forja é abundante de ricos indícios da forma de viver, produzir, sentir, cortejar, guerrear, cultuar, doer de determinado povo. A língua é, no entanto, um atravessador da condição de existir dos seres, ao passo que ela permite o repasse dos seus elementos culturais mais caros, essenciais, belo e isso se dá porque ela é cheia de cultura.


Claro, isso foi utilizado muitas e muitas vezes por sociedades ditas hegemônicas como elemento de opressão ou mesmo de apagamento de culturas inteiras. E esse aspecto crítico é adequado e pertinente. Mas, nos limitando aos valores pedagógicos-didáticos-afetivos do ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira, tanto professores quanto alunos se veem dentro de um belo movimento onde não se ensina/aprende apenas estruturas linguísticas, mas saberes indiciários de formas de pensar/agir de um determinado povo. E isso é valioso!

Na prática, isso redunda em não apenas falar um idioma, mas saber como falá-lo, como se expressar adequadamente, como ser respeitoso e cordato, como se portar de maneira sensível e apaziguadora. Nenhum ensino efetivo de uma língua prescinde do mergulhar na cultura onde esse idioma é falado. Quando, há muitos anos eu estudava inglês na minha querida Cultura Inglesa Patos, eu não poucas vezes me pegava pensando nessa alcunha pela qual ela era chamada país à fora e fui compreender esse nome enquanto um conceito importante na aprendizagem de qualquer estudante de idiomas.

A imersão bonita se completava para mim quando da constante interação com a família Medcraft, capitaneada à princípio pelo casal Pr. John e Betinha e depois alargada pelos laços com seus filhos, sobrinhos, irmãos e irmãs e até mesmo amigos de quem eles se faziam amáveis anfitriões pôr aqui.

E acredite, acredite mesmo, nessa minha inserção no universo Cultura Inglesa / Família Medcraft eu conheci um colega de ensino fundamental de Chris Martin do Coldplay, um sobrinho da magnifica (e recém falecida) atriz britânicaMaggie Smith, um figurante de um dos filmes da saga Harry Potter e outras experiencias que não envolvia famosos ou celebs, mas que eram o centro de uma grandiosa história que circunscrevia as nossas vidas como aprendizes não só da língua inglesa, mas da vida sendo vivida.

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Eripetson Lucena

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